19.9.12

Amor epiléptico

Vontade parva e absurda de bradar aos céus que o homem ama e pode amar! Exultar cânticos de longo cortejo enquanto se rasga carne e se roem bocas e corações e sabe lá Deus (?) que mais, se nem eu sei de mim mesma e do amor que nunca senti por ninguém, se o homem não sente nada mais do que memórias de algo que viveu só para si.

Amamos o que vemos e o que sonhamos e por isso sofremos. Amor não magoa. Amor não se perde. Amor não acaba. Não começa.

Sempre existiu! Nos corações do mundo que se guarda para si mesmo nas mais lúgubres e sombrias grutas... e o homem bate o pé porque não as alcança! A máquina aí não chega.


Vozes.... Na minha cabeça.... E correm tão rápido que delas não me consigo lembrar.
A galope nascem e morrem veados e meu cérebro é cemitério dos prazeres e dos desamores

E de tudo o que poderia ter sido e não foi, que também dói o que existiu e já não existe
e mais ainda dói o que nunca chegou sequer a existir...

Morrem sem nascer as emoções mais puras

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