26.9.12

Desabafo...

Não sei que fazer, oh Deus do Universo, das pessoas e de todas as coisas, por isso chega a hora de te fazer um pedido.
Tu, que arquitectaste toda a Natureza, que desenhaste as flores e os frutos, misturaste as cores da luz e fizeste leões rugir, desabrocha também em mim uma plântula qualquer e eu regá-la-ei com as minhas lágrimas.
Tu, que és feito de amor e curaste a cegueira de tantos homens que não queriam ver, ensina-me a ser amor também, essa biomolécula tão fundamental como a água e, no entanto, tão esquecida apesar de igualmente escassa.
Ensina-me a ser maior e mais forte. Mais pessoa. Mais viva, mais sincera comigo e com os outros, mais grata.
Ensina-me a não ser em vão. A ter um rumo, a percorrer um caminho, que não me sinto capaz de escolher direcção, pois estou completamente perdida e o GPS tem um erro triangular demasiado incorrigível.
Ensina-me a não duvidar dos livros que leio, das teorias delineadas muito antes de eu ter nascido e dos corolários óbvios para todos menos para mim. Deixa-me ser pertinente, racional, menos frívola mas mais ponderante. Dedicada, talvez.

Grata.
Oh, grata como um girassol.
Mas eu não sou um girassol, sou uma pessoa, mas não me importo de ser pessoa desde que seja grata.

Mas este mundo e este corpo fazem-me triste e a solidão na minha mente é aterradora. Quase doentia, não fossem os problemas triviais de matemática que me ocupam a mente cansada.

E banal. Sou banal como uma limonada.

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