De volta à minha rotina! Hoje o dia foi passado a estudar sueco, a ter aula de sueco, a tratar da roupa na lavandaria, a fazer comida para três refeições (massa à bolonhesa foi a opção escolhida!) - duas porções já foram, ao almoço e ao jantar, ainda tenho mais uma para o almoço de amanhã!.
Depois do jantar fui um bocadinho até à casa da Marion, uma rapariga francesa que também vive aqui no prédio, uma vez que algumas pessoas estavam lá reunidas para pre-drinking (para quem não está familiarizado com este conceito, pre-drinking consiste num grupo de amigos juntar-se em casa de alguém e basicamente começar a beber até chegar à hora de ir para a discoteca). Levei uma Club-Mate Cola que tinha cá em casa (é uma bebida alemã e vegan muito parecida com a coca-cola, feita a partir de uma planta... e é não alcoólica!) e estive um bocado com eles. Foi giro!
Às 22h35 desci novamente para o meu apartamento. Para quê?
Para ver mais um episódio de "A Herdeira", está claro!!
Depois do episódio de "A Herdeira", estive a navegar pela internet. Gosto muito de passear pelo instagram, a minha rede social favorita, e ser inspirada pelos perfis das pessoas que vou encontrando. Estive também a fazer umas listas (um dos meus passatempos favoritos é fazer listas, de tudo e mais alguma coisa), nomeadamente de coisas materiais que gostaria de ter (sapatilhas, por exemplo...).
A verdade é que não há nada material de que eu precise realmente, e às vezes isto cria um conflito interior em mim, uma vez que há tanta gente a precisar de tanta coisa. No entanto, não nos podemos esquecer do outro lado... também há muita gente a ter muito mais do que eu...
É como estar triste. Quando era mais nova e adolescente (já não sou adolescente, às vezes ainda nem acredito...), e me encontrava deprimida, surgia frequentemente a angústia e revolta de não me sentir no direito de estar tão triste quando havia (e há) tantas pessoas com problemas bem maiores do que os meus. E é sempre assim, não é? O problema de ter problemas é que há sempre "alguém" a ter pior.
Como ultrapassar este dilema? Tentei simplesmente mentalizar-me de que tenho direito, como pessoa, a sentir tudo. Quando estamos felizes, nunca questionamos o inverso da moeda: bem, não devia estar feliz, porque há muita gente com muitos mais motivos para estar feliz do que eu.
Isto foi só um devaneio.
Penso muito...
No outro dia estava numa reunião do grupo de trabalho de Scandinavian Consumer Behaviour e decidimos todas fazer um daqueles testes de personalidade online. Uma das questões era "quão frequentemente pensas na existência?" e elas estavam todas de certa forma a troçar da questão, por lhes parecer uma "não-questão", uma vez que nunca pensavam nisso.
Quanto a mim, acho que não passa um dia sem que questione o porquê de estar aqui, de estarmos todos aqui, e maravilhar-me com a perfeição com que apesar de tudo o mundo funciona...
E pronto, agora vou dormir.
Ah! Ainda não tinha falado de uma coisa. Encomendei pela internet duas subscription boxes. Uma subscription box é basicamente uma caixa que se recebe por assinatura e que tem algum tema (há de beleza, de comida, de vinhos...). No meu caso, encomendei duas diferentes relacionadas com livros. Devem chegar no final do mês! Quando chegarem, explico melhor o que cada uma tinha... :)
Ui, já me esquecia de outra coisa. Recebi finalmente a minha primeira nota, daquela essay que tinha feito há já quatro semanas atrás para Scandinavian Consumer Behaviour. Tive 7 em 10! Pelos vistos não foi mau, porque estive a perguntar a quase toda a gente que ia encontrando e as pessoas ou tinham tido 6 ou 5... só encontrei mais uma rapariga que teve 7 e outra que teve 8, por isso suponho que não estou muito mal! Na próxima aula (amanhã), acho que vamos receber feedback.
A minha próxima essay é na segunda-feira (outra vez a escrever durante três horas, eheh), e no dia 26 tenho também o meu exame de sueco, para o qual ainda não estou, definitivamente, preparada! Tenho de dar o litro agora nestes dias. A ver se faço boa figura...
Beijinhos,
Inês
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