pergunto-me como não apoquentar o meu espírito com este pensamento que me faz mordiscar o lápis e atirar a biologia para um canto. vences qualquer célula estaminal, qualquer fluido intersticial... aliás, parece mesmo que fluis por todo o meu corpo-alma, ganhando espaço entre plasma e linfa, reclamando lugar aos pulmões, batendo à porta do meu coração que se assusta com a rapidez com que chegas. fecho os olhos, seguindo o conselho do andy warhol, e descubro que sei de cor o sorriso do teu olhar. assusto-me, porque não desejo assustar-te. temo por um hipotético futuro comum. assemelho-me a um electrão quando me apaixono. subo rapidamente para um nível energético bem definido, não havendo espaço para estados intermédios, desejando almejar o infinito. do alto dos meus cento e sessenta e oito centímetros, penso... talvez se te apoiasses em mim, conseguisses voar mais um pouco...
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