23.5.12
regresso por fim à serenidade própria da ostentação de um espírito inescrutável, curando-me de uma fragilidade que cravou falhas e mais falhas na minha deteriorada e macilenta carne. oh, mais uma presa perdida na minha teia, embebida no néctar que produzo, grudada num mel que lentamente a consome por dentro, mal ela sabe o destino que a espera, um fado inoportuno, maldoso, impiedoso, como eu. uma viúva negra que todos os espelhos partiu com medo de olhar para si mesma. todos jogamos o mesmo jogo, todos nos desejamos e repudiamos uns aos outros. o amor é o último sentimento antes do desprezo, da indiferença. e eis que basta a faixa recomeçar para os dois amantes perpetuarem a sua valsa. e eu que sempre tropecei nos meus pés.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment
Please feel free to leave a comment :)