Poderia dizer tantas coisas, poderia utilizar vocabulário tão refinado e diversificado para demonstrar o quão infeliz me sinto desde que me lembro que eu sou eu, mas a pele que visto não sai, o fumo não sai e o sangue que saiu não volta.
Não consigo reter nada, sinto-me parva e tonta, como se tivesse puxado cinco charros de uma só vez. Rodopio, rodopio, rodopio, caio do cavalo morto e morro também. Uma morbidez que não parece acabar apesar de as ideias estarem lá sempre, quando acordo e quando me deito. Pensar nesses pensamentos arrepia-me e as lágrimas emergem.
Tontinha. Tontinha. Tontinha.
Não passa isto, não, não faz nem sequer sentido, sinto-me no meio de um acesso de loucura em que as coisas são estranhas, as pessoas são estranhas e deixa de haver uma linha a separar o que quer que seja.
Estranho. Estranho. Estranho.
Não sinto nada.... Nunca senti nada...
E aparte disso, não tenho sequer um sonho deste mundo.
Este mundo mete-me doida da cabeça... não sei que fazer.... não sei o que sinto....
Dói porque as coisas não fazem sentido e eu estou farta de jogar limpo.
Um dia arrancarei cabeças.... Mato...
Vou para um mundo onde pertenço porque lá não se sente e eu não consigo mais fingir que sinto.
Puxa-me o lado bom e desfaleço porque não sou capaz. E hoje temo-me.
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