22.6.14

poema dos corações partidos

como num juramento escondido
que com o tempo foi adormecido
tudo desaparece
e o dia entardece

apenas uma coisa Deus lhe deu
que era capaz de a deixar sorridente,
e agora que a perdeu
é sozinha como antigamente.

pois eu choro em vão
regando o meu
murcho coração


soubesse eu
que as águas dos regadores
têm fim

soubesse eu
que nunca te tive
para mim

disse-me uma flor
que jurou perceber de amor:
é preciso morrer de repente
para desabrochar novamente

sou um pássaro ferido
expulso do seu próprio ninho
só queria que entendesses
que agora ficarás sozinho.


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"Et l'on se sent floué par les années perdues
Alors vraiment
Avec le temps on n'aime plus."

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